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Durante evento sobre assédio, policiais civis homenageiam a delegada Patrícia Neves
- Por Felipe dos Santos Conceição
- 15 agosto 2024 19:38

Durante evento sobre assédio, policiais civis homenageiam a delegada Patrícia Neves
As servidoras fizeram um "minuto de silêncio" em homenagem à delegada assassinada no último domingo (11)
Investigadoras, escrivães, delegadas, e peritas técnicas debateram o “Enfrentamento e Combate ao Assédio Moral e Sexual no Ambiente da Polícia Civil da Bahia”, durante o " I Seminário Policiais Seguras", promovido pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), nesta quinta-feira (15), na sede do Depom, em Itapuã. A mesa do evento foi composta por representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública (DPE), Procuradoria Geral (PGE), Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Estaduais (Planserv), Departamento Médico da Polícia Civil (Demep), e a Ordem dos Advogados (OAB).
A investigadora e vice-presidente do Sindpoc, Ana Carla Souza, pontuou que é recorrente "receber" no sindicato servidoras vítimas de assédio na Polícia Civil. A sindicalista relatou um caso de uma policial que, quando chegava na delegacia onde era lotada, tinha que ficar escondida nos corredores da unidade por causa do assédio que sofria. "Quantas Patrícias e quantas Rafaelas vamos continuar tendo que pedir minuto de silêncio ? Infelizmente, o assédio cresceu muito nas unidades. O assédio adoece e mata", lamentou emocionada a vice-presidente.
Christiane Gurgel, vice-presidente da OAB- BA, ressaltou que o assédio precisa ser analisado a partir da perspectiva de gênero e pontuou que, no serviço público, "os casos de assédio são diários e geram sofrimento intenso as vítimas. Não é fácil uma servidora pública passar por uma situação de assédio porque ela não pode abrir mão da vaga que conseguiu através de muita luta e dedicação", disse, ao destacar que, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), " o ambiente de trabalho saudável é àquele que preza pela felicidade dos trabalhadores" .
A escrivã e secretária-geral do Sindpoc, Luciene Rodrigues, destacou que o sindicato, desde 2018, faz o "acolhimento" das vítimas de assédio. Segundo a sindicalista, as vítimas têm medo de denunciar os casos na Corregedoria da Polícia Civil. " Ficam com receio de represálias por parte da administração. Então, o primeiro passo é procurar acolhimento no sindicato. De imediato, encaminhamos as vítimas ao Departamento Médico da Polícia Civil e disponibilizamos também consultoria jurídica. Temos uma equipe de advogados treinados para isso. Nós diretores acolhemos, damos toda a orientação, mas, também, temos o corpo jurídico que nos apoia, que está por trás de todo esse trabalho da entidade, e que hoje resultou nesse seminário", frisou.