Novidades
SINDPOC ACOMPANHA CASO DE AMEAÇA E DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA
POLICIAIS CIVIS EFETUAM PRISÕES E APREENDEM ARMAS E DROGAS DURANTE A MICARETA DE FEIRA DE SANTANA
DIRETORES DO SINDPOC VISITAM POSTOS DA POLÍCIA CIVIL DURANTE A MICARETA DE FEIRA DE SANTANA
Delegada homenageia escrivão durante a Micareta de Feira de Santana 👮🏾💙
Sindpoc marca presença em almoço com governador e Centrais Sindicais no Dia do Trabalhador
Sindpoc fiscaliza as condições de trabalho dos policiais civis na Micareta de Feira de Santana
Sindicatos da Segurança Pública se reúnem com Ministério Público Estadual para cobrar solução ao quadro "grave" da custódia de presos da Bahia
- Por Administrador
- 31 outubro 2019 17:08

Na tarde desta quarta-feira (30), sindicatos da área de Segurança Pública se reuniram com o Ministério Público Estadual para cobrar uma solução aos órgãos públicos sobre a custódia de presos no Estado que, de acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sinspeb), Reivon Pimentel, "o déficit de vagas na Bahia chega a quase quatro mil" .
O objetivo da reunião com o promotor de justiça, Geder Luiz Rocha Gomes, foi discutir a quantidade de presos que estão sendo custodiados nas delegacias do Estado. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis (Sindpoc), na Bahia, cerca de 1.700 presos estão sendo custodiados nas unidades da Polícia Civil.
Segundo o Sinspeb, cerca de 45 milhões do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) deveriam ter sido destinados à construção de unidares prisionais na Bahia, incluindo, cadeias públicas e estabelecimentos destinados à custódia de presos provisórios. O presidente do Sinspeb, Reivon Pimentel, ressalta que não existe " vontade política" do Governo para investir no sistema prisional. " Embora o Secretário diga que, na Bahia, nós temos uma vaga para cada preso, isso não reflete a realidade.Ele está contando unidades que não foram inauguradas, vagas que estão interditadas, como é o caso da Ala C da Unidade Especial Disciplinar (UED), em Salvador, que está interditada há mais de um ano, módulos do Conjunto Penal de Ilheús, módulo do Conjunto Penal de Paulo Afonso e as 387 vagas ociosas do conjunto penal de Serrinha, que após mudança do provimento, passou a ser uma unidade destinada ao Regime Disciplinar Diferenciado, abrigando hoje, apenas 89 apenados, entre outros", protesta o presidente do Sinspeb.
Reivon Pimentel informou ao procurador que entende ser competência do Agente Penitenciário a custódia dos presos que estão nas delegacias, mas salientou que, na atual conjuntura, é impossível para o sistema prisional absorver essa massa carcerária. O efetivo de Agentes na custódia está muito aquém do mínimo necessário, além disso, há o problema da superlotação das unidades prisionais", enfatizou.
O presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, salienta que a função do investigador da Policia Cívil é investigar e não "tomar conta" dos presos nas delegacias. "Colocam os policiais civis e os guardas municipais em total desvio de função. Devido à falta de efetivo, as prefeituras acabam cedendo os funcionários do município às delegacias", critica o presidente do Sindpoc.
Nesta segunda-feira (28), uma delegacia de Pau Brasil, localizada no Sul da Bahia, foi invadida por uma facção que resgatou um traficante que estava sendo custodiado na unidade. Durante a ação dos criminosos, um guarda municipal, que estava de plantão, foi alvejado. "Temos cidades como Pau Brasil que quem faz a custódia dos presos são os guardas municipais e existem aberrações piores ainda onde a custódia é feita por funcionários da Prefeitura, muitas vezes, apenas nomeados, sem serem concursados", denuncia Reivon Pimentel.
Na ocasião, o promotor se comprometeu a fazer um levantamento sobre a situação da custódia nas cidades onde tem promotores em atuação e foi entregue um ofício ao Procurador com um breve diagnóstico da custódia baiana.
Estiveram presentes na reunião os presidentes do Sinspeb e Sindpoc, Reivon Pimentel e Eustácio Lopes, o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais Civis (Sindguardas), Pedro de Oliveira, o assessor jurídico da Pastoral Carcerária Bahia e Sergipe, Davi Pedreira, Irmã Maria de Fátima e Padre Philippe Dominique, representantes da Pastoral Carcerária de Salvador.
Ascom Sindpoc