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"É mais do que a realização de um sonho", diz advogada do Sindpoc sobre a importância da advocacia à sua trajetória profissional e familiar
- Por Felipe dos Santos Conceição
- 8 abril 2024 15:58

Mulher, negra, de estatura mediana, e sempre com um leve sorriso estampado no rosto. Naiara Alcântara, 29 anos, ingressou no departamento jurídico do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia, em 2020, como estagiária de Direito. Depois foi promovida à assistente jurídica e, atualmente, integra o corpo jurídico do sindicato como advogada.
Naiara relata que o desejo de fazer o curso de Direito surgiu aos 13 anos a partir de fatos que ocorreram com a sua família. "A advocacia entrou na minha vida desde a minha infância, desde a minha pré-adolescência, quando eu, com apenas 13 anos de idade, perdi o meu pai. E aí, mediante esse contexto, minha mãe necessitou de um advogado à época e não conseguiu por causa da nossa limitação orçamentária. Então, eu a acompanhava na Defensoria Pública, indo pra um lado, indo pro outro. E, como não conseguimos vaga para agendamento, ficamos três meses com minha mãe sem receber a pensão por morte do meu pai. Ficamos em uma situação bastante delicada. Após esse problema, coloquei como meta na minha vida que minha mãe jamais passaria por isso. Portanto, resolvi que iria fazer o curso de direito para ajudar minha família".
A advogada conta que, na verdade, inicialmente o seu "sonho de infância" era ser médica veterinária. Mas, diante do contexto familiar, resolveu seguir a carreira jurídica. Lembra que, como não conseguiu entrar em uma faculdade pública, quando iniciou o primeiro emprego, arcou com o pagamento parcial de uma bolsa universitária, por meio do Programa de Financiamento Estudantil (FIES).
"Passei por algumas dificuldades. Por algumas situações de preconceito. Às vezes quando estou em um ambiente jurídico percebo que algumas pessoas me olham de uma forma diferenciada por eu ser jovem, mulher, negra, e advogada, pois essa sempre foi uma profissão historicamente exercida por pessoas brancas e da elite do nosso país", reflete Naiara Alcântara.
A advogada agradece ao Sindpoc pela oportunidade profissional. "Sou muito grata ao sindicato por tudo. Foi uma porta aberta que, inclusive, está me ajudando a alçar novos horizontes ".